Monólogo de um senhor num bar
Existem dois tipos de sofredores...
aqueles que sofrem
da falta de vida...
e os que sofrem da abundância
excessiva da vida.
Eu sempre me posicionei na segunda categoria.
Quando se pensa nisso, quase todo comportamento e atividade humana...
são, essencialmente, nada diferentes
do comportamento animal.
As mais avançadas tecnologias e artefatos levam-nos, no máximo...
ao nível do super-chimpanzé.
Na verdade, o hiato entre Platão ou Nietzsche e o humano mediano...
é maior do que o que há entre o chimpanzé e o humano mediano.
O reino do verdadeiro espírito...
o artista verdadeiro, o santo, o filósofo, é raramente alcançado.
Por que tão poucos?
Por que a História e a evolução não são histórias de progresso...
mas uma interminável e fútil adição de zeros?
Nenhum valor maior se desenvolveu.
Ora, os gregos, há 3.000 anos,
eram tão avançados quanto somos hoje.
Quais são as barreiras que impedem as pessoas...
de alcançarem, minimamente, o seu verdadeiro potencial?
A resposta a isso pode ser encontrada
em outra pergunta, que é...
qual é a característica humana
mais universal?
O medo...
ou a preguiça?
quarta-feira, 30 de julho de 2008
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