domingo, 17 de agosto de 2008

"Determinismo Revisitado"

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“Fui ao meu psiquiatra — para ser psicanalisado
Esperando que ele pudesse me dizer por que esmurrei ambos os
olhos do meu amor.
Ele me fez deitar em seu sofá para ver o que poderia descobrir
E eis o que ele pescou do meu subconsciente:
Quando eu tinha um ano mamãe trancou minha bonequinha
num baú
E por isso é natural que eu esteja sempre bêbada.
Um dia, quando eu tinha dois anos, vi papai beijar a empregada
E por isso agora sofro de cleptomania.
Quando eu tinha três anos senti amor e ódio por meus irmãos
E é exatamente por isso que espanco todos os meus amantes!
Agora estou tão feliz por ter aprendido essas lições que me foram
ensinadas
De que tudo o que faço de errado é culpa de alguém!
Que tenho vontade de gritar: viva Sigmund Freud!"

Freud afirmou que os seres humanos essencialmente não fazem escolhas, e que o livre-arbítrio é uma ilusão. Ele acreditava que nossas opções e ações são determinadas por forças inconscientes das quais nunca nos damos conta completamente. Freud afirmou que, se conhecermos suficientemente a ascendência genética e o ambiente de uma pessoa, poderemos predizer seu comportamento e até mesmo as escolhas individuais que fará. Suas teorias dinamitaram o conceito de livre-arbítrio.

O determinismo genético permite culpar o avô pelos genes ruins de uma pessoa, explicando por que ela é alcoólatra; o determinismo psíquico permite-me culpar meus pais por minha infância infeliz que me levou a fazer más escolhas; o determinismo ambiental me permite culpar meu chefe pela desgraçada qualidade de minha vida profissional, o que explica por que eu me comporto mal no trabalho! Tenho toneladas de novas desculpas para meu mau comportamento. Isso não é ótimo?


do livro "o Monge e o Executivo" de James C. Hunter

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