sábado, 15 de março de 2008

A captura dos macacos

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A história é muito antiga, mas não menos curiosa.

Algumas tribos africanas utilizam um engenhoso método para capturar macacos. Como estes são muito espertos e vivem saltando nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema:

1) Pegam uma cumbuca de boca estreita;
2) Em seguida, amarram-na ao tronco de uma árvore freqüentada por macacos, afastam-se e esperam.
3) Após isso um macaco curioso desce;
4) Enfia a mão. Apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita, ele não consegue retirar a banana.

Surge um dilema: se largar a banana sua mão sai e ele pode ir embora livremente; caso contrário, continua preso na armadilha.

Depois de um tempo, os nativos voltam e, tranqüilamente, capturam os macacos que teimosamente se recusam a largar as bananas. O final é meio trágico, pois os macacos são capturados para servirem de alimento.

Você deve estar achando inacreditável o grau de estupidez dos macacos, não é? Afinal, basta largar a banana e ficar livre do destino de ir para a panela.

Fácil demais...

O detalhe deve estar na importância exagerada que o macaco atribui à banana. Ela já está ali, na sua mão... Parece ser uma insanidade largá-la. Essa história é engraçada, porque muitas vezes, fazemos exatamente como os macacos.

Você nunca conheceu alguém que está totalmente insatisfeito com o emprego, mas insiste em permanecer mesmo sabendo que está cultivando um infarto? Ou alguém que não está satisfeito com o que faz, e ainda assim faz apenas pelo dinheiro? Os casais com relacionamentos completamente deteriorados, que permanecem sofrendo, sem amor e compreensão? Ou pessoas infelizes por causa de decisões antigas, que adiam um novo caminho que poderia trazer de volta a alegria de viver?

A vida é preciosa demais para trocarmos por uma banana – que apesar de estar na nossa mão, pode levar-nos direto a panela.

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