quarta-feira, 19 de março de 2008

Feriado da Primavera

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21 DE MARÇO (EQUINÓCIO DE PRIMAVERA = Shunbun no hi)
É quando o dia e a noite tem a mesma duração. Neste dia as pessoas visitam os cemitérios em respeito aos seus antepassados.

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Quando cheguei ao Japão, assim como muitos brasileiros, estranhava alguns feriados japoneses por homenagearem as estações do ano. Depois de um tempo morando por aqui e vivenciando diariamente a cultura japonesa, aprendi a admirar e a perceber a profundidade do entendimento que eles possuem em relação à existência do ser humano e à natureza. Estamos todos interligados. Não existe um eu sem o outro, um nós sem a natureza, um nós e natureza sem Deus.

Fazendo uma analogia para melhor compreensão,se olharmos para um arquipélago, as ilhas todas parecem separadas.Elas são separadas. Mas se mergulharmos fundo no oceano, veremos que as ilhas estão interligadas. Na verdade, elas não são ilhas, são montanhas. Ilhas são montanhas dentro do mar. Então, é claro que se olharmos para as coisas de modo superficial, que é o que a maioria das pessoas faz nos dias de hoje, vamos achar que tudo está separado.


O Japão me ofereceu uma nova visão de mundo e como gratidão à esse país que aprendi a gostar, deixo registrado, para que faça parte das minhas lembranças felizes, uma música que escutei assim cheguei aqui. E, como na estória do pintinho que sai da casca e reconhece a primeira coisa que avista como sua mãe, relaciono essa música como meu "cartão de visita" do Japão e que, por coincidência, a letra tem tudo a ver com minha "metamorfose".



I believe

(Ayaka)

Tenho um redemoinho de
ansiedade
Oculto no coração
Qual desses caminhos que estão à
minha frente
Devo seguir?

Eu me deixava levar pelos outros
Mas não serei mais assim, “adeus”

*Acredito em mim e por acreditar
Sinto que tudo vai começar
Acredito em mim, a luz calorosa
Não engana, vamos segui-la
Acredito...

Ao ver as pessoas com sorriso
amarelo
Que vivem no mundo falso
Suspiro lembrando da minha
infantilidade

(*)

Jurei me tornar “preto”
Para não se tingir de outra cor

Este céu imenso que se reflete nos
olhos
Este desejo de viver à vontade

(*)


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