Carl G. Jung
A sombra inclui tudo o que há de sombrio, de escuro, de tenebroso em nós. Forma-se à medida que se formam ego e persona. Todas as repressões ocorridas durante formação da persona vão ficando parte dela.
Reprimimos, em geral, as qualidades consideradas menos boas, menos desejáveis ou francamente más. Assim, todos os nossos defeitos, todas as nossas falhas, todas as nossas inclinações indejáveis mesmo, fazem parte da sombra, integram esse elemento de nosso inconsciente.
Conhecer a própria sombra é o mínimo que uma pessoa pode fazer, por si mesma e pelos outros, diz Jung; de maneira que quem chegar a esse conhecimento já terá feito uma coisa de alto valor no sentido humano.
Grande parte das fofocas, ou todas as fofocas, ou a parte pior das fofocas, se quizermos, está relacionada com alguma projeção de sombra, é um problema dessa projeção.
Quem não se conhece nem a este nível, de sua sombra pessoal, projeta-a nos outros. Como em geral cada um projeta a sua sombra em muitos, explica-se grande parte, também, de todo o mal-entendimento entre os seres humanos. E quando alguém, convivendo com outro, nele só vê defeitos, o focaliza como a ruindade em pessoa, psicologicamente podemos ter grande suspeita de que esse primeiro indivíduo está projetando sua sombra no segundo.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
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